Antes de entrar no processo de mineração de uma moeda digital, é preciso entender o que é Bitcoin. Bitcoin é uma moeda digital que serve como meio de pagamento. Porém, diferentemente das moedas FIAT como Real, Dólar, Euro, entre outras, o Bitcoin não é controlado por nenhum órgão central, sendo um protocolo descentralizado.
Tudo isso é possível graças à tecnologia blockchain (cadeia de blocos). Em uma blockchain, todas as transações financeiras que ocorrem entre os usuários ficam armazenadas em blocos, um bloco sendo adicionado de cada vez. No caso do Bitcoin, cada bloco contém aproximadamente 1 Mb de dados de transações. A cada 10 minutos, um novo bloco é adicionado na rede. É possível acompanhar o status dos últimos blocos minerados aqui. Mas quem adiciona esses blocos com as transações na rede blockchain do Bitcoin? Os mineradores!
A criação de um novo bloco é responsabilidade dos mineradores. Eles recebem essa denominação por que deixam seus computadores trabalhando tentando resolver problemas matemáticos, pois o primeiro computador que encontrar uma solução para minerar um bloco tem o direito de adicionar esse bloco à rede e receber como recompensa 12,5 bitcoins (essa recompensa muda com o passar do tempo, em um ciclo chamado de halving – o próximo halving está agendado para o dia 24 de maio de 2020). Portanto, a mineração do bitcoin funciona como se fosse uma mineração de metais preciosos, onde empresas compram equipamentos e trabalham por longos períodos tentado encontrar os metais para ganhar dinheiro. Fazendo uma analogia para o sistema blockchain, os equipamentos são hardwares de mineração (já existem hoje os chamados chips ASIC, da mineradora AntMiner, entre outras, que são hardwares especializados para minerar bitcoin, não sendo computadores de propósito geral. Isso garante muito mais eficiência e velocidade), e as empresas são os pools de mineração, onde muitas pessoas e máquinas se unem para tentar maximizar as chances de conseguir minerar um bloco, dividindo posteriormente a recompensa de forma proporcional à quantidade de poder computacional destinada à pool.
Mas o bitcoin não é o único que utiliza mineração. Diferentes criptomoedas adotam o modelo de mineração para servir como protocolo de consenso (também chamado de Proof of Work – PoW). Esse proof of work (prova de trabalho) é o principal fator que garante a segurança do sistema. De forma alternativa, alguns projetos preferem trabalhar com o chamado Proof of Stake (PoS), que em oposição ao PoW, não utiliza poder computacional como base para a escolha da recompensa de mineração, e sim a participação (stake) nos tokens do projeto.
Tecnicamente falando, a mineração blockchain funciona da seguinte forma: é preciso descobrir um número que, ao passar por determinada função matemática (definida em termos criptográficos), retorna um valor menor do que um threshold. Matematicamente falando, é impossível descobrir esse número à priori, sendo a tentativa e erro a única forma de solução do problema. Por isso que, quanto mais poder computacional alocado na tentativa de encontrar esse número, maior a probabilidade de sucesso. Essa relação entre a descoberta do número e sua validação com a função respectiva está ligada à teoria dos números primos. Como ainda não se sabe uma fórmula geradora de números primos, o processo segue sendo seguro. A propósito, toda a criptografia atual está baseada nesse conceito de números primos.
Sendo assim, existe uma diferença importante entre a mineração de uma criptomoeda e a mineração tradicional. É interessante ver como a tecnologia evolui e permite que conceitos outrora físicos possam ser úteis também no meio virtual.
Para quem tem interesse em comprar Bitcoin na Binance, a melhor forma é inserindo um código ID Binance válido. A Binance também oferece opções de mineração de BTC em suas pools.